segunda-feira, 11 de julho de 2011


Está certo de que o jornalismo exerce desde sempre um poder irrevogável sobre a massa, e impreterivelmente dita de forma tendenciosa ou não, as (in)verdades dentro do nosso panorama social. A liberdade de imprensa (tão duvidosa e polêmica, quanto a falta dela), é um direito adquirido, mas você sabe por quem? O “jornalista/colunista/cientist​ a social/psicólogo e estatístico” ADROALDO STRECK, publicou em matéria do dia 05 de julho do jornal “O SUL” uma análise criteriosa de como a sociedade percebe a inserção das relações homoafetivas na mídia, mais precisamente na rede GLOBO de televisão. Com o título: - O POVO SE DÁ CONTA DE TUDO – ele rechaça a postura da GLOBO, enfatizando que “a POPULAÇÃO não quer assistir uma poderosa rede de televisão dando apoio aberto a gays e lésbicas quando existem causas bem mais urgentes”. Partimos do princípio de que a novela INSENSATO CORAÇÃO – que possui um núcleo gay – (de quem ele se referia) tem obtido recordes de audiência (média de 45 pontos no IBOPE), ou seja, 2.700.000 domicílios sintonizadas na GLOBO, só no estado de São Paulo. No meu entendimento, não era dessa população que ele se referia, mas o foco não é esse. Parecer: Algumas aulas de Estatística resolveria esse problema. Além disso, ele conta o caso de um pai de família que o questionou sobre a postura de um entrevistado com trejeitos afeminados, perguntando-o se não havia um macho com capacidade de dar a tal entrevista. Parecer: Algumas aulas de biologia animal resolveria esse problema. Adroaldo (Ado, para os íntimos) afirmou ainda que, a sua pretensão é de que os meios de comunicação não vendam a ideia de que ser gay ou lésbica é normal, garantindo que não é o papel da televisão assumir uma causa como essa, mas sim de especialistas de entendam desses TRANSTORNOS. Parecer: Para que especialistas? A população já tem o diagnóstico de um colunista POLÍTICO. O que me assusta não é a prática insolente, burra, antiquada, pequena, imbecil e autoritária do Ado (Adroaldo para os que ainda não estão familiarizados), mas sim o que a imprensa dos MACHOS NORMAIS pode provocar. E esse é o risco que nós passivos expectadores, ouvintes e leitores não podemos permitir, não podemos avalizar. Em uma conversa com o meu pai anos atrás, o questionei de como ele reagiria se tivesse um filho homossexual, E SEM TITUBEAR ele respondeu: “O MEU NETO VAI SER ADOTADO OU VAI PRECISAR DA AJUDA DA CIÊNCIA?” Isso sim é capa de jornal, é tema para ser exposto em veículo de comunicação de massa. Tratar a DEFERENÇA com DIGNIDADE e RESPEITO é um DEVER meu e teu e independe do seu nível socioeconômico, tão pouco do seu status social. Tratar a DIFERENÇA com DIGNIDADE e RESPEITO é um ato grandioso, satisfatório e recompensador. Não sou e nunca fui a favor das rebeliões da “minoria”, tão pouco dos rebeldes atos sociais que declaram a diferença. O que eu defendo é a LIBERDADE DE ESCOLHA, seja ela MINORITÁRIA OU NÃO. Está a hora de editar o texto, de quem não sabe editar a língua. Só assim vamos saber por quem a liberdade de imprensa está sendo exercida DE FATO E DE DIREITO! 
Por: Fabricio Bittencourt

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